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Segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento a expectativa é que sejam produzidas 37,3 milhões de toneladas de grãos no Paraná na safra 2018/2019. Escoar toda essa produção demanda planejamento e novos investimentos, especialmente nas ferrovias.

“No Paraná, apenas 20% das cargas do Porto de Paranaguá são movimentadas por trem e 80%, por caminhões. Há diversos impactos: estradas congestionadas, mais poluição e custos elevados para o produtor que é dono da carga”, destaca o gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais do Sistema Fiep, João Arthur Mohr.

Atualmente a instituição atua junto à esfera pública para colocar em prática projetos de atualização, ampliação e manutenção das ferrovias que ligam as regiões produtivas. Hoje no Estado há trechos operados pela Rumo Logística – empresa privada que detém a concessão que liga o Norte (região de Londrina e Maringá) e o centro do Estado (Guarapuava) até o Porto de Paranaguá – e pela estatal Ferroeste – que faz a ligação entre a Região Oeste (Cascavel) e Guarapuava.

Mohr explica que há dois grandes gargalos estruturais: a Serra da Esperança, entre Guarapuava e Curitiba, e a Serra do Mar, entre Curitiba e Paranaguá, onde a velocidade das locomotivas não ultrapassa os 15 km/h. “De Cascavel à Guarapuava o transporte dos vagões é feito pela Ferroeste. Quando os trens chegam a Guarapuava, quem passa a transportá-los é a Rumo, e como o trecho é ruim, a empresa dá preferência às cargas de Maringá e Londrina. É uma questão de rentabilidade: buscar mais carga onde a operação for mais barata, que é no corredor norte”, analisa Mohr. Atualmente, 95% da produção do oeste paranaense chega ao Porto de Paranaguá por caminhões.

Concessão da Ferroeste

 “É preciso modernizar tanto a linha, especialmente nas serras do Mar e da Esperança, com um traçado moderno entre Guarapuava e Paranaguá, além de comprar máquinas e locomotivas com tecnologia mais moderna”, comenta Mohr. O gerente também ressalta que as ferrovias antigas e maquinários com pouca tecnologia diminuem a competitividade do frete por trilhos.

 

Em um Estado que não pode deixar a competitividade para depois, a concessão das operações da Ferroeste é uma alternativa vista com bons olhos pelo Sistema Fiep. “A ideia é que a ferrovia continue sendo do Estado, mas operada por uma empresa que possa investir, contratar e fazer obras de forma ágil e eficiente. A transição deverá ser realizada de forma planejada, com calma e tranquilidade”, afirma Mohr.

O modal ferroviário tem vantagens como um custo que pode ser até 30% mais baixo e menor impacto ambiental, já que as locomotivas emitem menos poluentes por tonelada transportada. Do ponto de vista social, há mais segurança nas estradas onde circulam menos caminhões. Mesmo com mais investimentos em ferrovias, Mohr explica que o trabalho dos caminhoneiros continuará sendo essencial. “É preciso transportar a produção das fazendas até as rodovias. Para os motoristas profissionais, há ganhos em qualidade de vida: poderão fazer viagens mais curtas e em maior número, sem precisar passar tanto tempo na estrada”, comenta.

Com informações do Sistema Fiep e do G1.

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