clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Adobe Stock)

O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e o quarto em mulheres no Brasil, segundo estudos da Fundation Medicine, dos Estados Unidos. Novas terapias têm oferecido à classe médica e aos pacientes maior precisão no tratamento desse tipo de câncer, mas o diagnóstico ainda representa um desafio, já que a identificação das alterações moleculares, responsáveis pelo desenvolvimento da doença, é fundamental para identificar o tratamento adequado.

Com o objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico preciso cinco empresas – AstraZeneca, Bayer, BMS, Pfizer e Roche – se uniram para criar o projeto Lung Mapping, que visa otimizar a jornada do paciente com câncer de pulmão de células não pequenas (CPNCP) subtipo não-escamoso.

O Lung Mapping irá disponibilizar gratuitamente os exames para detectar o perfil molecular do tumor, por um painel genômico abrangente (FoundationOne® CDX), um teste de alta sensibilidade que contempla 324 genes relevantes para a escolha da melhor conduta clínica, em conjunto com a informação de expressão de PD-L1 (Ensaio SP263 – Ventana®). A tecnologia utiliza uma amostra única e garante diagnóstico preciso, o que contribui para a personalização do tratamento ao paciente. O teste estará disponível para os pacientes com CPNCP subtipo não escamoso de todo o Brasil, mediante solicitação médica.

Para a Ana Gelatti oncologista clínica – Grupo Oncoclínicas Porto Alegre, vice-presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) –, o projeto vai facilitar o acesso a ampla avaliação molecular pelo sequenciamento genético, o que atualmente é disponível para uma pequena parcela desses pacientes, tendo em vista o custo do exame. A rápida evolução científica no tratamento do câncer de pulmão tem sido surpreendente, e atualmente pelo menos seis avaliações moleculares são consideradas essenciais nesse subgrupo. Hoje, são necessários diferentes testes para identifica-las e muitas vezes a amostra tumoral não é suficiente para que todo perfil seja analisado. O acesso ao sequenciamento genético facilitará isso.

A parceria entre empresas foi possível porque as companhias entendem que proporcionar acesso à detecção do perfil tumoral é fundamental para guiar a conduta terapêutica dos pacientes com câncer de pulmão, o que poderá impactar de forma positiva no resultado do tratamento.

“A jornada do paciente com câncer de pulmão é longa e repleta de desafios. Ter acesso ao perfil molecular, da forma como o projeto propõe, será um divisor de águas para prescrever a terapia-alvo molecular adequada ao paciente”, explica Samira Mascarenhas, oncologista clínica do Núcleo de Oncologia da Bahia, Grupo Oncoclínicas e diretora-científica do GBOT. Além disso, será possível traçar um perfil da realidade epidemiológica dos pacientes brasileiros com câncer de pulmão.

A primeira parceria do gênero, que foi firmada em 2017 e contou com a participação da AstraZeneca, BMS e Pfizer, realizou mais de 20.000 exames gratuitamente e contribuiu para o diagnóstico preciso de mais de 10.000 pacientes. Com o aprimoramento do projeto – que em sua nova versão contará com exames mais sensíveis e precisos –, a expectativa das indústrias é beneficiar ainda mais pacientes diagnosticados com câncer de pulmão nos próximos anos.

Sobre os testes

O perfil molecular do tumor é feito por um painel genômico abrangente (FoundationOne® CDx), um teste de alta sensibilidade que contempla 324 genes relevantes para a conduta clínica, juntamente com a informação de expressão de PD-L1 (Ensaio SP263 - Ventana®).

O teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico dos pacientes, facilitando a personalização do tratamento. Isso tudo em uma amostra única, ao mesmo tempo e sem custo ao paciente[3].

Com informações da assessoria de imprensa da Roche.

Leia mais notícias sobre o setor em http://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/11/