SINVESTE CIANORTE

Sindicato das Indústrias do Vestuário de Cianorte

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Indústrias interessadas em internacionalização não devem pensar apenas na variação do câmbio

Especialista apontou caminhos para uma maior competitividade nesta área e também na exploração de novos mercados no exterior

clique para ampliarValor do dólar ainda pauta as decisões das empresas. (Foto: Agência Brasil)

O mercado internacional voltou a ganhar a atenção de diferentes setores após uma variação positiva do câmbio, estimulando maiores rendimentos no exterior do que no mercado interno. Estimuladas pelo dólar alto, muitas empresas partiram para o comércio exterior, mesmo não estando totalmente estruturadas para isto.

Diante de um cenário de competitividade cada vez mais crescente, a preparação para o mercado internacional se tornou fundamental. Para o especialista Sérgio Ricardo Pereira, os industriais precisam “quebrar” alguns hábitos e propor novas ações para alcançarem sustentabilidade nesta área.

Pereira ministrou o curso “Como se preparar para o mercado internacional?”, no Campus da Indústria, em Curitiba, no mês de outubro, e apontou alguns caminhos. Entre eles está o de deixar de pensar excessivamente nas variações do dólar. “O que se deve pensar sobre o dólar é que ele é cíclico. Então, não podemos ficar esperando o dólar para poder adotar o movimento de internacionalização”, disse.

Para Pereira, há vários elementos importantes neste processo de internacionalização que devem ser levados em conta pela indústria. “São as estratégias baseadas em finanças; marketing; o melhor o uso da logística possível; uma leitura do que o mercado precisa; adequação da empresa internamente em relação a seus executivos e a produtos; inteligência de mercado; e quais os produtos que são atrativos para aquele momento. Se a gente colocar isso de maneira bem criteriosa e organizada, o empresário vai se surpreender com a menor importância do dólar nessa área”, salientou.

De acordo com ele, entre os conceitos que devem ser reavaliados é o de que não há mercado para variadas qualidades de produtos. “Esse é um inibidor, pois o empresariado acredita que enquanto não tiver um produto digno de ser aceito em um mercado maduro como Estados Unidos, Canadá e parte da Europa, ele não consegue fazer. O mundo tem 196 países, sendo que a maioria pode estar esperando produtos mais baratos. Então, isso é realidade e deve ser explorado”, analisou.

Para auxiliar as indústrias, a Fiep tem realizado uma série de iniciativas de capacitação, como o curso “Como se preparar para o mercado internacional?”, que foi promovido em várias regiões do estado ao longo de 2016. No início do mês de novembro, a Fiep realizou, em parceria com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a Caravana do Exportador PCNE/PR - Seminário de Oportunidades do Mercado Internacional. O objetivo foi sensibilizar e oferecer mais informações às empresas exportadoras ou com potencial de negócios no exterior. A caravana passou por Londrina, Apucarana, Maringá e Guarapuava.

De acordo com Pereira, a preparação é fundamental e deve respeitar algumas etapas. “Eu costumo dizer que são caixinhas. A gente tem que organizar essas caixinhas dentro de casa: é o bloco das finanças, é o bloco da logística, é o bloco do marketing, a inteligência de mercado que vem junto com o marketing, a estratégia comercial, a gestão de risco. Tudo isso, devidamente organizado, vai resultar em maior competitividade”, concluiu.

Modelo de Atuação Articulada entre Áreas Sindicais e de Mercado do Sistema Fiep será levado para todas as regiões do PR"O futuro da indústria é agora"