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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, participou no dia 14 de outubro de uma palestra em um evento promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), em Curitiba. Ele defendeu durante a palestra que o esforço de combate à corrupção deve envolver não apenas o poder público, mas também empresas e associações da iniciativa privada.
Sérgio Moro acredita que a preocupação com o combate à corrupção deve também pautar as indústrias para garantir condições igualitárias de competição, especialmente em setores como o da construção civil.
“A quem é solicitada uma vantagem indevida há a possibilidade de dizer não. É importante que isso seja feito não só individualmente, mas igualmente em uma iniciativa coletiva, para evitar que aquele que diz sim, que resolve efetuar o pagamento, obtenha nesse mercado uma vantagem competitiva em relação àqueles que dizem não”, disse. “A iniciativa privada, as associações e as empresas, individualmente ou coletivamente, tem que se organizar para evitar que aquele que trapaceia tenha vantagens dentro desse mercado, que é extremamente competitivo”, completou.
O SindusconNOR-PR foi representado no evento pelo presidente da entidade, José Maria Paula Soares, e pelos diretores José Armando Quirino e Valdemar Adorno Junior. Para Soares, as homenagens feitas a Sérgio Moro têm o objetivo de mostrar que o setor da construção civil é favorável ao processo de fiscalização e punição dos culpados pelos crimes de corrupção no país.
O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, que participou do evento, avaliou que a palestra foi importante para levar mais informações aos empresários da construção civil. “Este é um dos setores que mais sofrem com a corrupção, que acaba tirando de concorrências públicas muitas boas empresas. As construtoras que atuam corretamente acabam ficando de fora das concorrências quando outras empresas se corrompem”, afirmou.
Em sua opinião, é essencial que toda a sociedade se envolva em um movimento de cobrança e fiscalização sobre o poder público para evitar que casos como os dos desvios da Petrobras e de outras empresas públicas voltem a acontecer. “E isso deve se estender para todas as esferas do poder público, seja em nível federal, estadual ou municipal”, concluiu.
Serviço
Neste link é possível ouvir a palestra proferida por Sérgio Moro.
Com informações da Agência Fiep