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Quase 2 milhões de recalls

08 de junho de 2011

Chamados para troca de peças já são 13% maiores que os feitos em todo o ano passado e vão de automóveis a secadores de cabelo

ANA D'ANGELO e JORGE FREITAS

De veículos da Ford e da Toyota a cadeira de plástico vendida pela rede Walmart e secador de cabelo da Philips, ao menos 1,96 milhão de produtos vão passar este ano por recall (chamada para troca de peça que pode apresentar defeito). O total em cinco meses já é 13% maior que o verificado em todo o ano de 2010, quando 1,73 milhão de itens tiveram que ser revistos, aponta levantamento do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça. Não há prazo para o interessado trocar o componente ou o produto que apresente risco à saúde. A qualquer momento ele pode pedir o serviço, que é gratuito, mesmo passado eventual período fixado pelo fabricante.

Na lista deste ano, pelo menos 500 mil itens são veículos, dos quais 301 mil da marca Ford - os modelos EcoSport anos 2007, 2008 e 2009 e Fiesta RoCam 2008 e 2009. Foram constatados defeitos na trava de segurança das portas traseiras nesses automóveis. No último dia 31, a Philips comunicou a necessidade de revisão de cinco modelos de secadores de cabelo produzidos entre 2006 e 2011 e vendidos no mundo todo.

A empresa verificou falha que pode levar ao superaquecimento, com ameaça de fogo. No Brasil, são 80 mil unidades, conforme comunicado enviado ao Ministério da Justiça, mas os detalhes do recall ainda não foram divulgados. Em março, a Philips já foi obrigada a trocar 1,35 milhão de lâmpadas de uso profissional por causa do risco de aquecimento excessivo.

No dia seguinte ao anúncio da Philips, foi a vez de a HP avisar que devem ser trocadas as baterias de diversos notebooks vendidos entre 2007 e 2008. Segundo a empresa, as baterias, da marca LG, podem superaquecer, provocando riscos de incêndio e queimaduras.

O proprietário deve remover a bateria imediatamente e entrar em contato com a HP. O computador, segundo a empresa, não é afetado e não faz parte do recall, podendo ser utilizado ao ser conectado diretamente à energia elétrica.

No chão
O mais recente recall foi anunciado ontem pela Pirelli, que verificou "anomalia" em um lote específico de pneus, próprios de ônibus e caminhões, fabricados em 16 e 17 de maio.

Mesmo desembolsando milhões na hora da compra, até os magnatas acabam adquirindo produtos defeituosos. A fabricante dos jatinhos Falcon 7X, que custam R$ 45 milhões cada um, avisou aos proprietários para deixarem o aparelho no chão enquanto uma investigação interna é concluída sobre um defeito no sistema de pouso. No Brasil, pelo menos três conhecidos empresários têm um desses aviões.

O total de produtos envolvidos em chamados neste ano é superior ao número oficial de 1,96 milhão, pois alguns fabricantes não informaram ao Ministério da Justiça a quantidade que deve passar por revisão da peça, caso das baterias do notebook HP. Entre os veículos, a montadora Toyota vem na segunda posição, com 145.466 recalls envolvendo modelos variados do seu carro-chefe, o Corolla. O problema é na mangueira do sistema de partida a frio, que corre o risco de se deteriorar e gerar pequenas fissuras, através das quais pode ocorrer vazamento de gasolina.

O advogado Eduardo Souto, 29 anos, providenciou o conserto no seu Corolla na segunda-feira. Não foi a primeira vez que ele teve de comparecer à concessionária em resposta à convocação coletiva. No ano passado, ele foi chamado para colocar novo tapete do motorista, para evitar que trancasse o pedal da embreagem, causando acidentes. Mas ele não se incomoda.

"O procedimento da Toyota é louvável. Existe previsão em lei, mas há fabricantes que não obedecem à determinação. No caso dos tapetes, eram originais e estavam fixados, mas havia risco e a empresa nos chamou para nos dar mais segurança. Se formos prestar atenção, os carros brasileiros têm tapetes mal fixados e oferecem riscos não observados, mas não convocaram os consumidores para o recall", afirma Souto. Desde 17 de março, todos os recalls de veículos são registrados no sistema Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Se o proprietário não atender à convocação da montadora, a informação sobre o serviço pendente constará do documento do veículo emitido a cada ano.

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