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Os empresários do setor de construção civil não estão otimistas com o cenário delineado para 2016. No entanto, o quadro não é de total pessimismo e as empresas devem apostar na manutenção das atividades no ano que vem. Estes são dados de uma pesquisa apresentada pelo Sinduscon-PR no início de dezembro sobre as perspectivas do segmento para 2016. Foram ouvidos 300 empresários em todo o Paraná entre os dias 10 e 23 de novembro para a composição deste levantamento.
O estudo mostra que 51% dos entrevistados pretendem manter suas atividades e 36% têm a intenção de aumentar seus negócios em 2016. Apenas 13% acreditam em diminuição de nível de atividade. Apesar de mostrar um certo otimismo, este cenário não se compara ao estimado inicialmente para 2014 e mesmo para 2015 em pesquisas similares realizadas pelo Sinduscon-PR. Nestas ocasiões, os índices de expectativa de crescimento eram de 67% em 2014 e 51% em 2015.
Entre as empresas ligadas à prestação de serviços, 49% têm perspectivas de manutenção das atividades, 39% esperam crescimento e 12% acreditam em redução nos negócios. Os empresários do setor de incorporação indicaram mais pela permanência do nível de atividade (58%), seguida pelo aumento (27%). Neste caso, 15% dos entrevistados aguardam uma redução em 2016. No setor de obras públicas, 58% dos empresários estimam pela manutenção das atividades, 38% pelo crescimento e apenas 4% acreditam em diminuição.
Quanto aos postos de trabalho gerados pela indústria da construção civil, a expectativa da maior parte das empresas (53%) é manter o número de funcionários; 28% pretendem contratar; e 19% acreditam que demitirão mais mão de obra.
Cenários
Na avaliação do Sinduscon-PR, o atual contexto da economia brasileira - escassez de recursos públicos para obra e necessidade de infraestrutura - impulsionará a formação de Parcerias Público Privadas (PPP) e concessões. Segundo dados apresentados pelo sindicato, as previsões para investimentos públicos nesta área chegam a R$ 42,4 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e R$ 1,78 bilhão apenas na Secretaria de Estado da Infraestrutura no Paraná.
No setor imobiliário, a entidade acredita em uma redução dos estoques, o que já foi verificado em 2015, especialmente no segundo semestre. Especificamente em Curitiba, houve um aumento de 6% nas vendas entre janeiro a setembro de 2015 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Isto ocorreu em virtude da associação do volume de unidades prontas, permitindo um índice de comercialização maior, a um esforço promocional intenso. Deverá ocorrer em 2016 um ajuste no mercado, com menos lançamentos e concessão de alvarás e avanço na redução de estoques de unidades prontas. No entanto, isto não deve significar em queda nos preços dos imóveis.