Prioridades para a retomada do crescimento
A economia brasileira começa a dar, neste início de 2017, sinais de recuperação após
longo período marcado por péssimas notícias. Fatos importantes, como as reduções nas taxas
de inflação e de juros e o aumento de exportações, por exemplo, aumentam a confiança de
consumidores e empresários, apontando para uma retomada de investimentos produtivos no país.
Contribuem
também para esse aumento de otimismo algumas medidas já encaminhadas pelo governo federal para equilibrar as
contas públicas. A aprovação, ainda no ano passado, de um limite para o crescimento dos gastos e a apresentação
da proposta de Reforma da Previdência são fundamentais para que o Brasil seja um país interessante e estável
para investidores. Essas iniciativas, no entanto, trarão resultados efetivos somente em longo prazo.
Em
2017, o país precisa avançar também na adoção de medidas que contribuam para a superação
da face mais perversa desta recessão: o desemprego. De acordo com o IBGE, o Brasil tem hoje mais de 24 milhões
de pessoas sem emprego ou subutilizadas. São milhões de famílias em dificuldades, com suas perspectivas
de futuro comprometidas caso a crise não seja superada com mais velocidade.
Algumas questões já
em discussão no Congresso Nacional são de extrema importância para dar fôlego às empresas.
Uma delas é o Programa de Regularização Tributária. Apresentado pelo governo no início
do ano, ele não favorece a adesão de pequenas e médias companhias – justamente as que podem dar
uma resposta mais rápida para a geração de empregos. Por meio da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), o setor industrial já apresentou emendas para que a proposta seja alterada e contemple um
maior número de empresas.
Outros temas, também já em pauta do Congresso, representarão
melhoras significativas no ambiente de negócios do país. São os casos de mudanças na legislação
trabalhista e no sistema tributário. Hoje, esses são dois fatores que, por sua complexidade e pela insegurança
jurídica que geram, desestimulam o investimento produtivo no país.
Avançar em todos esses
pontos, dando sobrevida às empresas, amenizando conflitos e reduzindo a burocracia, são prioridades para a indústria
paranaense e brasileira neste ano. É preciso que governo e Congresso encararem esses temas com a devida responsabilidade.
Se assim o fizerem, certamente teremos impacto positivo na criação de empregos e na recuperação
do dinamismo de nossa economia, recolocando o país no caminho do crescimento.
Edson Campagnolo
Presidente da Federação das Indústrias do Paraná
Pontos prioritários para a retomada do crescimento
|