Presidente da Fiep defende maior participação feminina na política
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, defendeu uma maior participação feminina na vida política do País para que as mulheres tenham uma representação à altura do papel que desempenham na sociedade e na economia brasileira. A declaração foi feita durante a palestra magna da XXII Convenção Nacional da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (Confam), realizada na manhã deste sábado (04), em Curitiba.
Rocha Loures destacou que as mulheres são mais de 50% da população brasileira e possuem um peso significativo para a economia do País. "Hoje, 35% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres", exemplificou. "A política também precisa das mulheres, mas isso não significa termos uma mulher na presidência da República. É preciso aumentar a representatividade das mulheres em todas as esferas, seja no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas ou nas Câmaras Municipais", acrescentou.
Para o presidente da Fiep, a mudança no perfil de representação feminina na política deve partir de uma mobilização de entidades como a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW Brasil). "Isso não pode ser decidido por decreto, mas deve partir de uma mudança no comportamento e no sistema político brasileiro. É preciso que as mulheres forcem, por meio da mobilização, uma maior participação feminina, o que com certeza vai melhorar em muito a qualidade da política brasileira", afirmou.
Durante a palestra, Rocha Loures defendeu que as mulheres se imponham também no mundo dos negócios, mudando algumas características de um ambiente predominantemente masculino. "A natureza da maioria dos negócios foi gerada por homens e as mulheres normalmente têm que se adaptar a ela. É preciso que esse perfil seja alterado", declarou.
O presidente da Fiep apresentou ainda às participantes da convenção o projeto Curitiba 2030, que se baseia em um plano de desenvolvimento para a cidade elaborado por mais de 200 especialistas e apresentado em março deste ano durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2010). O documento traz sete áreas principais de atuação: Governança; Cidade em Rede; Cidade do Conhecimento; Transporte e Mobilidade; Meio Ambiente e Biodiversidade; Saúde e Bem-estar; e Coexistência em uma Cidade Global. Para cada uma, foram propostos objetivos e ações que, se colocados em prática, transformarão o perfil de Curitiba.
"O projeto destaca que não há desenvolvimento sem inovação e empreendedorismo. E deixa claro também que desenvolvimento não é o mesmo que crescimento econômico. Este ano, por exemplo, o PIB do Brasil está crescendo principalmente porque aumentou a venda de veículos, mas isso não significa que tivemos melhoras no transporte. Portanto, desenvolvimento é crescer de forma harmônica, promovendo o bem estar de todos", explicou Rocha Loures.