Rocha Loures destaca papel dos economistas para o desenvolvimento local

clique para ampliar clique para ampliarRocha Loures falou a estudantes na abertura da Semana Acadêmica (Foto: Gilson Abreu)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, defendeu na noite desta segunda-feira (30) que os economistas assumam papel central na busca por estratégias que possibilitem o desenvolvimento local e um novo paradigma de crescimento do setor produtivo. A afirmação foi feita durante a abertura da 2ª Semana Acadêmica de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que segue até sexta-feira (3), em Curitiba. O evento é promovido pelo Centro Acadêmico de Ciências Econômicas (CACE) e conta com apoio da Fiep.

Para Rocha Loures, a formação recebida pelos economistas faz com ele esses profissionais tenham um papel central nas decisões de negócios e no planejamento tanto de empresas quanto do poder público. Isso, segundo ele, deve ser utilizado na busca por um novo modelo de crescimento econômico do País. "Estamos convencidos de que o novo estágio de desenvolvimento passa necessariamente pelo desenvolvimento local. Não podemos mais esperar que as competências, o conhecimento e as iniciativas partam de um organismo central ou de um departamento especializado do governo federal ou estadual", disse. "Hoje o grande desafio é o fortalecimento da sociedade civil e suas instituições, o que requer que as competências, as habilidades e os conhecimentos econômicos estejam embarcados nas localidades, nas empresas, nos polos produtivos", acrescentou.

O presidente da Fiep afirmou também que esse novo paradigma abre um enorme campo de possibilidades para os profissionais de economia. "Os economistas criam valor. Na medida em que colaboram para que as decisões tomadas na empresa sejam mais inteligentes, contribuem para que haja uma ponderação entre a análise das circunstâncias próprias da companhia e da região com os contextos maiores onde estão inseridas. Como temos uma economia de mercado cada vez mais dinâmica e complexa, isso quer dizer que vai haver permanentemente a necessidade de pessoas que estejam se ocupando desses temas", afirmou.

Além disso, Rocha Loures declarou que os economistas são peça importante também para a implantação de processos inovadores nas empresas. Isso porque, em sua opinião, a geração de riqueza deixou de ser decorrente fundamentalmente do uso de recursos naturais ou de recursos financeiros, sendo consequência de estratégias que gerem ganhos de produtividade através da inovação. "Os economistas participam desse processo na medida em que a inovação não é algo que acontece espontaneamente, nem é algo fruto meramente de criatividade, mas fruto de construções conceituais, estratégicas, pensamentos que proporcionam ganhos de produtividade", explicou.

Parcerias

O empresário destacou ainda alguns trabalhos que a Fiep vem realizando em conjunto com o Departamento de Economia da UFPR. Entre eles, o projeto em que mestrandos da universidade vêm acompanhando 18 cadeias produtivas paranaenses. "Todas contam com um economista, um pesquisador que foi preparado para dar suporte a elas. Com isso estamos permitindo uma interação muito mais consistente com a área de governo para orientar as políticas públicas. Ao mesmo tempo, estamos disponibilizando para as cadeias produtivas, para os empresários, um serviço que os ajuda a melhorar a gestão dos negócios e as suas decisões estratégicas", disse Rocha Loures.

As parcerias entre Fiep e UFPR foram ressaltadas ainda pelo reitor da universidade, Zaki Akel Sobrinho, que também participou da solenidade de abertura da Semana Acadêmica. "Reconheço o Rodrigo da Rocha Loures como um dirigente com uma visão ampliada do papel das entidades como formuladoras de políticas públicas e mobilizadoras sociais. Esse é um perfil que o Rodrigo exerce com maestria, o de aproximar os mais diversos segmentos. Nesse um ano e oito meses que estou como reitor da universidade, foram inúmeras as oportunidades em que fomos convidados para debater, para pensar juntos, criar alternativas de crescimento para o nosso Estado e a pensar o papel que a universidade deve desempenhar", declarou.